• Meditação do Dia
    DOMINGO, 30 DE JUNHO DE 2013

    Manter os alicerces 
    "A nossa fé, recém-descoberta, funciona como uma base firme para termos coragem no futuro." Texto Básico, p. 107 

    Os alicerces das nossas vidas são aquilo em que se apoia tudo o resto. Quando andávamos a usar, esses alicerces afetavam tudo aquilo que fazíamos. Quando decidimos que o importante era recuperar, foi neles que começamos a concentrar as nossas energias. Como resultado disso, as nossas vidas mudaram. A fim de mantermos estas novas vidas, temos de manter os seus alicerces: o nosso programa de recuperação. À medida que nos mantemos limpos e mudamos os nossos modos de vida, assim também as nossas prioridades mudarão. 0 trabalho e os estudos podem tornar-se importantes porque melhoram a qualidade das nossas vidas. E novas relações podem criar entusiasmo e um sentimento de apoio mútuo. Mas não podemos esquecer-nos de que o nosso programa de recuperação é o alicerce sobre o qual se constroem as nossas novas vidas. Cada dia temos de renovar o nosso compromisso de recuperação, que deverá manter-se como a nossa principal prioridade. 

    Só por hoje: Quero continuar a saborear a vida que encontrei em recuperação. Vou dar passos no sentido de manter os meus alicerces.






    Meditação do Dia
DOMINGO, 30 DE JUNHO DE 2013

Manter os alicerces 
"A nossa fé, recém-descoberta, funciona como uma base firme para termos coragem no futuro." Texto Básico, p. 107 

Os alicerces das nossas vidas são aquilo em que se apoia tudo o resto. Quando andávamos a usar, esses alicerces afetavam tudo aquilo que fazíamos. Quando decidimos que o importante era recuperar, foi neles que começamos a concentrar as nossas energias. Como resultado disso, as nossas vidas mudaram. A fim de mantermos estas novas vidas, temos de manter os seus alicerces: o nosso programa de recuperação. À medida que nos mantemos limpos e mudamos os nossos modos de vida, assim também as nossas prioridades mudarão. 0 trabalho e os estudos podem tornar-se importantes porque melhoram a qualidade das nossas vidas. E novas relações podem criar entusiasmo e um sentimento de apoio mútuo. Mas não podemos esquecer-nos de que o nosso programa de recuperação é o alicerce sobre o qual se constroem as nossas novas vidas. Cada dia temos de renovar o nosso compromisso de recuperação, que deverá manter-se como a nossa principal prioridade. 

Só por hoje: Quero continuar a saborear a vida que encontrei em recuperação. Vou dar passos no sentido de manter os meus alicerces.



    CO-DEPENDÊNCIA


    Cerca de 50 milhões de brasileiros são codependentes químicos
    Eles vivem um drama com sintomas semelhantes aos dos próprios viciados

    Correio Braziliense -
    Publicação: 31/07/2010 11:26

    Brasília - Eles vivem em função do vício. Perdem os amigos, não conseguem permanecer no emprego, têm surtos nervosos, gritam muito, sofrem de baixa autoestima. Essas características, que poderiam ser de qualquer dependente de álcool ou de drogas, é na verdade de pessoas que nunca beberam ou usaram qualquer substância ilícita. Trata-se da co-dependência, problema que deixa familiares e amigos de dependentes químicos no limite entre a culpa, a raiva, a compaixão e a autopiedade. Pouco conhecido e carente de estatísticas oficiais, estima-se que o problema atinja, em diferentes níveis, cerca de 50 milhões de brasileiros - ou seja, para cada dependente químico, há pelo menos mais cinco codependentes. Os reflexos, que começam a aparecer aos poucos, são tão graves quanto os da dependência em si.

    "Meus filhos me diziam que eu parecia uma louca, que gritava o tempo todo. Eu só tinha cabeça para o alcoolismo do meu marido. Era tão focada nisso que me esquecia do resto." Esse é o depoimento de Tereza (nome fictício), casada com um alcoólatra há 30 anos. "Com o tempo, comecei a perceber que eu estava começando a agir como ele, não tinha paciência com meus filhos, estava sempre estressada". A vida da dona de casa só voltou para os eixos quando ela viu que tinha um problema e que precisava de tratamento. "Naquele tempo eu nem sabia o que era codependência, mas uma amiga comentou comigo que existiam grupos de ajuda e eu comecei a procurar", relembra. Depois de alguns meses, ela conheceu o Al-Anon, grupo semelhante ao AA (ambas as siglas significam Alcoólicos Anônimos), que ajuda famílias e amigos de dependentes químicos a lidar melhor com o problema. Nas reuniões, uma vez por semana, ela não encontrou conselhos ou soluções. No anonimato exigido pelo grupo, porém, Tereza descobriu um espaço para compartilhar experiências e desabafar, além de ter acesso à vasta literatura sobre o tema.

    Assim como a dependência, a co-dependência também é um mal progressivo, que demora anos para aparecer. "Começa aos poucos,você demora muito tempo para perceber e, quando isso acontece, você já sofreu muito", conta Tereza. Depois de ingressar no grupo, a mentalidade dela mudou. "Descobri que, para ajudar meu marido, eu precisava me ajudar, precisava estar bem", afirma. Um dos primeiros ensinamentos para quem chega ao Al-Anon é o de que não se pode ser facilitador do vício. "Muitas vezes, a gente liga no trabalho para justificar as ausências por causa do álcool ou, quando ele chega em casa e bagunça as coisas, nós arrumamos", conta Maria (nome fictício), que também é codependente. Esse tipo de atitude faz com que os dependentes não tenham noção dos seus atos. "Quando meu marido chegava bêbado e caía na sala, eu o arrastava para o quarto. Quando ele acordava, nem se lembrava do estado em que estava quando chegou em casa", conta. "Hoje é diferente, se ele faz isso, eu boto um cobertor e o deixo lá. Isso o ajuda a perceber o que está acontecendo", diz.

    Para a professora titular do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília(UnB) e do Programa de Estudo e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi), Maria Fátima Sudback, a dependência deve ser vista como um problema familiar, e não de um indivíduo isolado. "Em geral, o dependente é apenas uma pessoa mais sensível que acaba ficando doente, e não um culpado ou uma pessoa que traz sofrimento para os familiares".

    Segundo Maria Fátima, cuidar também das pessoas próximas é uma forma de combater o problema de maneira mais ampla. "Não estamos responsabilizando a família, e sim reconhecendo a sua importância, tanto para a vida do paciente quanto para o sucesso do tratamento. Afinal, são essas pessoas que vão lidar mais diretamente com o dependente", afirma a psicóloga. "Em geral, o dependente não reconhece o problema, e é através da ação familiar que ele conseguirá resolvê-lo."
    Tags: Eles vivem um drama com sintomas semelhantes aos dos próprios viciados



    1.  

    Depoimentos anônimos de co-dependentes


    Como não sou capaz de pensar como um adicto, meu primeiro instinto é reagir às suas escolhas e atitudes com raiva, medo e frustração. Isso coloca meu foco em outra pessoa e em seus problemas, não nos meus próprios. É claro que não tenho problemas, pois não sou um adicto. Sou aquele com todas as respostas e força. Posso controlar qualquer situação e tirar as pessoas de qualquer problema que estejam enfrentando.

    Posso comparar esse comportamento com canos furados. Sou capaz de usar fita adesiva para tampar os primeiros vazamentos, mas quando a fita acaba, utilizo qualquer coisa que tenha em mãos. Até que não consiga mais controlar e cobrir todos os furos.

    Agora que me vejo afundado n’água até os joelhos, tenho que desistir e admitir que existem problemas que não consigo resolver. Foi, então, que vim para o Nar-Anon. Vim para o programa sem saber o que esperar. O que sabia é que não tinha ideia do que fazer em seguida. Precisava de orientação. Cheguei com toda minha atitude prepotente, achando que poderia consertar qualquer coisa. Trouxe comigo toda a minha bagagem de hábitos e técnicas que tinha certeza, funcionariam em qualquer situação.

    Aprendi que minha vida estava um caos e que eu estava apenas tentando sobreviver aos efeitos da adicção de meu ente querido.



    Mantenha a mente aberta

    Uma das minhas frases favoritas do Livreto Azul do Nar-Anon é “Mantenha a Mente Aberta”; você em breve se sentirá parte do Grupo. Quando vim pela primeira vez ao Nar-Anon, tinha opiniões muito fortes sobre o que o adicto deveria e não deveria fazer. Acreditava também, firmemente, que poderia “fazê-lo parar de usar”. Estava convencida de que, se pudesse dizer aquela palavra ou transmitir aquele pensamento, ele poderia ver o quanto estava ferindo a mim, à nossa família e a si próprio.

    Felizmente, mantive a mente aberta e continuei assistindo às reuniões. Ouvindo e participando das reuniões, logo descobri que minha obsessão pelo adicto era um impedimento à minha recuperação e ao meu crescimento. Estava focalizada no adicto, que estava negligenciando a mim mesma.

    Uma mente aberta me tornou capaz de mudar o foco. Aprendi sobre a doença da adicção e as ferramentas do programa. Este conhecimento me ajudou a determinar a minha real responsabilidade. Mais importante, aprendi o que posso mudar, com a ajuda do meu Poder Superior, e o que posso mudar.



    Tenho 25 anos, e sou noiva de uma dependente. Estamos juntos há mais de 5 anos e desde o começo nós já tínhamos contato com maconha e cocaína.. mas isso tomou proporções muito grandes. Eu resolvi parar porque sempre senti muita culpa, principalmente por pensar em minha mãe, que sempre lutou tanto contra o meu pai, também usuário de cocaína e álcool, quanto para me dar um bom estudo e uma vida digna. Consegui parar sozinha, depois de 1 ano de tentativas.
    Para conseguir, o mais importante é você olhar para dentro de você mesmo, e botar numa balança o certo e o errado. Pensar: o que eu prefiro, acordar bem amanhã, fazer um esporte, conseguir ter uma conversa legal com minha família, conseguir produzir qualquer coisa (que seja pintar, que seja ler um livro, ver amigos legais, cuidar da sua casa, de você mesmo...), ou acordar naquela depressão que consome até a alma e me deixa 3 dias mal? Prefiro ser classificado naquelas estatísticas do jornal sobre usuários de droga, ou ser esteatítica de alguma coisa boa? Prefiro produzir, ou passar mais um dia sem fazer nada, sendo nada?
    Eu também pensava muito no fato de a droga estar totalmente ligada a violência, marginalização...Nós reclamamos tanto de violência, mas o dinheiro das drogas é que financia essas barbaridades... e o consumo de drogas leva as pessoas a fazem barbaridades!
    Temos que buscar assuntos diretos e indiretos ligados ao nosso consumo de drogas, para termos força e nos libertarmos.
    É Difícil? Muito.. mas não é impossível.
    E não tem sensação melhor nesse mundo do que acordar as 6:30 da manhã para correr, ou sentar com minha mãe e dar muita risada, passear com amigos que tenham interesses totalmente diferentes dos antigos...
    Procurem mudar a rotina, descubram coisas novas, mudem de amigos (por mais legais que sejam, os que tem algum tipo de vício não fazem bem para a gente!), e pensem se a vida está boa assim; se não estiver, só cabe a você tentar mudá-la...
    Bem, e quanto a meu noivo.. infelizmente continua usando desenfreadamente, dizendo que só faz uso social... a família ignora o fato porque eles são perfeitos demais para terem problemas... eu continuo tentando ajuda-lo, mas ele ainda não quer.. paciência.. quem sabe o dia que ele "acordar", eu ainda esteja ao seu lado...


    Perdoar: um ato de amor

    Costumava acreditar que perdão era algo que eu fazia por outra pessoa. Na verdade, preciso perdoar por minha causa mesmo. Minha antiga percepção do que é perdoar, era que esqueceria uma ofensa dolorosa feita pelo adicto. Isto me deixava exposta a ser magoada novamente. Então, o que significa dizer “Eu te perdoo”? Estarei liberando essa pessoa de alguma dívida? Estarei apenas facilitando as coisas em troca de autossatisfação?

    Quando tenho a vontade de dizer “Você não me deve nada”, posso perdoar e esquecer os ressentimentos que fazer doente. Posso abandonar a montanha russa que me leva para cima e para baixo. Sem perdão, ficam a versão, o ressentimento, a culpa e a vergonha. Posso perdoar o adicto e a mim mesma.

    Se ficar agarrada aos meus ressentimentos, eles me manterão prisioneira. Podemos comparar isso a uma armadilha para macacos. O macaco vê um doce dentro de um buraco estreito, então, enfia a mão e agarra o doce. Se não soltá-lo, não consegue tirar a mão. Ele está preso, como estou quando não há o verdadeiro perdão.



    Tolerância

    Dentre as minhas poucas virtudes, a tolerância passava bem distante. Eu era um intolerante. Não somente defendia, de forma intransigente, as minhas ideias, mas também tentava lhes conferir supremacia.

    O programa Nar-Anon me ajudou a mudar o meu caráter. Aos poucos fui deixando de suprimir as ideias dos outros, mesmo que as rejeitasse. Descobri a diferença que existe entre os meus pensamentos e as concepções dos outros. O reconhecimento dessa diferença e o apoio que a ela passei a dar vieram a constituir a minha tolerância.

    Hoje sei que sou uma pessoa tolerante porque ampliei meus interesses próprios, de modo a me tornar capaz de reconhecer os interesses dos outros.

    Passei a observar, ouvir e comparar outras ideias com as minhas próprias. Agora posso reconhecer o direito de outra pessoa manifestar sua opinião, mesmo que eu não concorde com ela.



    Desligamento

    Quando cheguei ao Nar-Anon, eu não percebia que era um codependente. Isso tornou o desligamento, que me foi sugerido, mais trágico do que poderia ser.

    Como toda pessoa adoecida, eu não sabia como ajudar a mim mesmo. Considerava o desligamento, enquanto mudança necessária para resolver tantas crises, fosse algo traumático, mutilador da minha família. Para mim, desligamento significava romper, esquecer e jogar tudo pela janela.

    Levei algum tempo para entender que colocar fim a laços emocionais não é necessariamente cortá-los. As ligações com o adicto podem prosseguir e tornarem-se menos densas, prolongando-se e se aprofundando ao mesmo tempo.

    Agora tenho consciência de que qualquer conexão pode ser rompida quando a minha sobrevivência está ameaçada. O programa de recuperação que a irmandade me sugere, capacitou-me a fazer mudanças nesse sentido, aprofundando a minha satisfação emocional e espiritual. Comprometi-me novamente com a corrente da vida, tomando distância, mudando conexões, sem a necessidade de apagar alguém que amo.
    Depoimentos anônimos de co-dependentes
 


Como não sou capaz de pensar como um adicto, meu primeiro instinto é reagir às suas escolhas e atitudes com raiva, medo e frustração. Isso coloca meu foco em outra pessoa e em seus problemas, não nos meus próprios. É claro que não tenho problemas, pois não sou um adicto. Sou aquele com todas as respostas e força. Posso controlar qualquer situação e tirar as pessoas de qualquer problema que estejam enfrentando.

Posso comparar esse comportamento com canos furados. Sou capaz de usar fita adesiva para tampar os primeiros vazamentos, mas quando a fita acaba, utilizo qualquer coisa que tenha em mãos. Até que não consiga mais controlar e cobrir todos os furos.

Agora que me vejo afundado n’água até os joelhos, tenho que desistir e admitir que existem problemas que não consigo resolver. Foi, então, que vim para o Nar-Anon. Vim para o programa sem saber o que esperar. O que sabia é que não tinha ideia do que fazer em seguida. Precisava de orientação. Cheguei com toda minha atitude prepotente, achando que poderia consertar qualquer coisa. Trouxe comigo toda a minha bagagem de hábitos e técnicas que tinha certeza, funcionariam em qualquer situação.

Aprendi que minha vida estava um caos e que eu estava apenas tentando sobreviver aos efeitos da adicção de meu ente querido.


 


Mantenha a mente aberta

Uma das minhas frases favoritas do Livreto Azul do Nar-Anon é “Mantenha a Mente Aberta”; você em breve se sentirá parte do Grupo. Quando vim pela primeira vez ao Nar-Anon, tinha opiniões muito fortes sobre o que o adicto deveria e não deveria fazer. Acreditava também, firmemente, que poderia “fazê-lo parar de usar”. Estava convencida de que, se pudesse dizer aquela palavra ou transmitir aquele pensamento, ele poderia ver o quanto estava ferindo a mim, à nossa família e a si próprio.

Felizmente, mantive a mente aberta e continuei assistindo às reuniões. Ouvindo e participando das reuniões, logo descobri que minha obsessão pelo adicto era um impedimento à minha recuperação e ao meu crescimento. Estava focalizada no adicto, que estava negligenciando a mim mesma.

Uma mente aberta me tornou capaz de mudar o foco. Aprendi sobre a doença da adicção e as ferramentas do programa. Este conhecimento me ajudou a determinar a minha real responsabilidade. Mais importante, aprendi o que posso mudar, com a ajuda do meu Poder Superior, e o que posso mudar.


 


Tenho 25 anos, e sou noiva de uma dependente. Estamos juntos há mais de 5 anos e desde o começo nós já tínhamos contato com maconha e cocaína.. mas isso tomou proporções muito grandes. Eu resolvi parar porque sempre senti muita culpa, principalmente por pensar em minha mãe, que sempre lutou tanto contra o meu pai, também usuário de cocaína e álcool, quanto para me dar um bom estudo e uma vida digna. Consegui parar sozinha, depois de 1 ano de tentativas.
Para conseguir, o mais importante é você olhar para dentro de você mesmo, e botar numa balança o certo e o errado. Pensar: o que eu prefiro, acordar bem amanhã, fazer um esporte, conseguir ter uma conversa legal com minha família, conseguir produzir qualquer coisa (que seja pintar, que seja ler um livro, ver amigos legais, cuidar da sua casa, de você mesmo...), ou acordar naquela depressão que consome até a alma e me deixa 3 dias mal? Prefiro ser classificado naquelas estatísticas do jornal sobre usuários de droga, ou ser esteatítica de alguma coisa boa? Prefiro produzir, ou passar mais um dia sem fazer nada, sendo nada?
Eu também pensava muito no fato de a droga estar totalmente ligada a violência, marginalização...Nós reclamamos tanto de violência, mas o dinheiro das drogas é que financia essas barbaridades... e o consumo de drogas leva as pessoas a fazem barbaridades!
Temos que buscar assuntos diretos e indiretos ligados ao nosso consumo de drogas, para termos força e nos libertarmos.
É Difícil? Muito.. mas não é impossível.
E não tem sensação melhor nesse mundo do que acordar as 6:30 da manhã para correr, ou sentar com minha mãe e dar muita risada, passear com amigos que tenham interesses totalmente diferentes dos antigos...
Procurem mudar a rotina, descubram coisas novas, mudem de amigos (por mais legais que sejam, os que tem algum tipo de vício não fazem bem para a gente!), e pensem se a vida está boa assim; se não estiver, só cabe a você tentar mudá-la...
Bem, e quanto a meu noivo.. infelizmente continua usando desenfreadamente, dizendo que só faz uso social...  a família ignora o fato porque eles são perfeitos demais para terem problemas... eu continuo tentando ajuda-lo, mas ele ainda não quer.. paciência.. quem sabe o dia que ele "acordar", eu ainda esteja ao seu lado...
 



Perdoar: um ato de amor

Costumava acreditar que perdão era algo que eu fazia por outra pessoa. Na verdade, preciso perdoar por minha causa mesmo. Minha antiga percepção do que é perdoar, era que esqueceria uma ofensa dolorosa feita pelo adicto. Isto me deixava exposta a ser magoada novamente. Então, o que significa dizer “Eu te perdoo”? Estarei liberando essa pessoa de alguma dívida? Estarei apenas facilitando as coisas em troca de autossatisfação?

Quando tenho a vontade de dizer “Você não me deve nada”, posso perdoar e esquecer os ressentimentos que fazer doente. Posso abandonar a montanha russa que me leva para cima e para baixo. Sem perdão, ficam a versão, o ressentimento, a culpa e a vergonha. Posso perdoar o adicto e a mim mesma.

Se ficar agarrada aos meus ressentimentos, eles me manterão prisioneira. Podemos comparar isso a uma armadilha para macacos. O macaco vê um doce dentro de um buraco estreito, então, enfia a mão e agarra o doce. Se não soltá-lo, não consegue tirar a mão. Ele está preso, como estou quando não há o verdadeiro perdão.

 


Tolerância

Dentre as minhas poucas virtudes, a tolerância passava bem distante. Eu era um intolerante. Não somente defendia, de forma intransigente, as minhas ideias, mas também tentava lhes conferir supremacia.

O programa Nar-Anon me ajudou a mudar o meu caráter. Aos poucos fui deixando de suprimir as ideias dos outros, mesmo que as rejeitasse. Descobri a diferença que existe entre os meus pensamentos e as concepções dos outros. O reconhecimento dessa diferença e o apoio que a ela passei a dar vieram a constituir a minha tolerância.

Hoje sei que sou uma pessoa tolerante porque ampliei meus interesses próprios, de modo a me tornar capaz de reconhecer os interesses dos outros.

Passei a observar, ouvir e comparar outras ideias com as minhas próprias. Agora posso reconhecer o direito de outra pessoa manifestar sua opinião, mesmo que eu não concorde com ela.



 

Desligamento

Quando cheguei ao Nar-Anon, eu não percebia que era um codependente. Isso tornou o desligamento, que me foi sugerido, mais trágico do que poderia ser.

Como toda pessoa adoecida, eu não sabia como ajudar a mim mesmo. Considerava o desligamento, enquanto mudança necessária para resolver tantas crises, fosse algo traumático, mutilador da minha família. Para mim, desligamento significava romper, esquecer e jogar tudo pela janela.

Levei algum tempo para entender que colocar fim a laços emocionais não é necessariamente cortá-los. As ligações com o adicto podem prosseguir e tornarem-se menos densas, prolongando-se e se aprofundando ao mesmo tempo.

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  • Centro de Tratamento para dependentes de alcool e drogas RAIOS DE SOL.


    Detalhes do contato
    Endereço: Rua Antonio Marquesin, 435, Observatório - Vinhedo 13280-000, SP
    Tel: 019/9182-2163 ou 19/9726-4490
    Fax: 019/3876-5275


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    O CT RAIOS DE SOL
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    CT RAIOS DE SOL as visitas são mensais, e há contatos telefônicos semanais com os residentes.
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    GOVERNO FEDERAL.SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.


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    COMAD.




    SENAD.



    Curso forma 70 mil educadores em prevenção do uso de drogas

    Neste sábado, 29/06, 70 mil educadores de escolas públicas serão formados na quinta 

    edição do curso de prevenção do uso de drogas, promovido pela Secretaria Nacional de 

    Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça. O curso é executado pela 

    Universidade de Brasília, em parceria com o Ministério da Educação.
    O curso a distância teve início em setembro de 2012, com o objetivo de treinar os 

    educadores para elaborar e implementar um projeto de ações preventivas nas escolas onde 

    trabalham, contribuindo para o fortalecimento da comunidade escolar na prevenção do uso de drogas. A intenção é que a ação beneficie cerca de 2,8 milhões de alunos.
    O curso de prevenção do uso de drogas para educadores de escolas públicas é uma das 

    capacitações previstas no programa “Crack, é possível vencer”, lançado em dezembro de

     2011. Além da capacitação para profissionais das redes de educação, o programa forma 

    profissionais da segurança pública, Justiça, saúde e assistência social, além de conselheiros 

    e lideranças comunitárias e religiosas.

    Leilão de bens de traficantes arrecada R$ 1,3 milhão no Paraná

    O Fundo Nacional Antidrogas (Funad) arrecadou R$ 1,3 milhão no leilão de bens apreendidos de traficantes de drogas, realizado nesta terça-feira (25/06), em Curitiba (PR). Foram leiloadas duas aeronaves, seis embarcações e 264 veículos. A arrecadação ultrapassou a estimativa inicial, que era de R$ 800 mil.
    “O leilão foi um sucesso. Com esses recursos, vamos fomentar as políticas de prevenção ao uso de drogas em todo o país”, declarou o secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore Maximiano.
    Este é o 82º leilão realizado sob a coordenação da Senad. Os recursos arrecadados, conforme determina a legislação, serão destinados a ações de redução da oferta de drogas e de prevenção, tratamento e reinserção de usuários e dependentes.
    Funad O Fundo Nacional Antidrogas (Funad) é constituído, entre outros, de recursos oriundos da alienação de bens apreendidos de pessoas condenadas por tráfico ou envolvidas em atividades ilícitas de produção ou venda de drogas.
    A alienação só é realizada após decisão judicial tomada em caráter definitivo. Os recursos dos leilões são destinados ao desenvolvimento, à implementação e à execução de ações, programas de prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes de drogas.


    OBSERVATÓRIO DO CRACK.


      Notícia
    • PF lança material educativo no Dia Mundial de Combate às Drogas (28/06/2013)

    • Por ocasião do Dia Mundial de Combate às Drogas, na última quarta-feira, o 

      Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas da Academia Nacional de 

      Polícia – GPRED/ANP, lançou 15 novos cartazes com o objetivo de motivar

      crianças e jovens a adotarem atitudes que promovam a saúde e a vida digna.

      Também estão sendo lançados, na homepage da ANP, um “Questionário” sobre 

      a questão das drogas e uma “Coletânea de Textos Motivacionais”.





    • Autor:
    • Fonte: DPF



    DEPOIMENTO DE PATRICIA.




    DEPOIMENTO DE UMA JOVEM.


    Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dane minha amiga, para escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais. Eu era uma jovem "sarada", criada em uma excelente família de classe média alta de Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal, e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem de melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar. Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo. Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de "Floripa", Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés. Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente.Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 1994. Fui com uma turma de amigos para a OCTOBERFEST em Blumenau. Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no "Bude", famoso barzinho da Rua XV. À noite fomos ao "PROEB" e no "Pavilhão Galego" tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação de gente era trimaneira". Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia de OCTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP. Que sensação legal curti a noite inteira "doidona", beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os "meganha", porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os "otários" não percebiam. Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase "vomitei as tripas", mas o meu grito de liberdade estava dado.No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão pré- menstrual. No sábado conhecemos uma galera de S.Paulo, que alugaram um "ap" no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino.Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30h da manhã fomos ao "ap" dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado "Cigarro de Maconha", que me ofereceram. No começo resisti, mas chamaram a gente de "Catarina careta", mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente. O garoto mais velho da turma o "Marcos", fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem aquele dia.Retornamos a "Floripa" mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino "DRUGS". Aos poucos meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano. Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria. Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim o sangue que cada um cedia para diluir o pó. No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a "branca" a R$ 7,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 15,00 a boa, e eu precisava no mínimo 5 doses diárias. Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus "novos amigos". Às vezes a gente conseguia o "extasy", dançávamos nos "Points" a noite inteira e depois farra.O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida. Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas. Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem. Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação. Meus pais sempre com muito amor gastavam fortunas para tentar reverter o quadro. Quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.Em dezembro de 1997 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha. Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha. Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo. Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los.Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo. Estou internada, com 24kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca... Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais pra mim.
    OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e descreve a enfermeira Danelise, que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde que escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em conseqüência da AIDS.Por favor, repassem esta carta. Este era o último desejo de Patrícia.
    ONDE HÁ LUZ NÃO HÁ TREVAS.
    SEJAMOS ESTA LUZ,ESTE BRILHO INTENSO,POIS ONDE HÁ LUZ NÃO HAVERÁ TREVAS.
    QUE DEUS CONFORME EU O COMPREENDO ME DÊ A SABEDORIA E SAÚDE PARA COMBATER UM BOM COMBATE...E A TODOS NÓS!


    EX DEPENDENTE QUÍMICO E EX ALCOÓLATRA.MARCIO SOARES.


    MARCIO SOARES 




    Meu nome é Marcio Soares, sou instrutor e administrador de reuniões de 12 passos de Narcóticos Anônimos e ministro também cursos para profissionais que atuam na área de Transtornos Obsessivos Compulsivos como:Dependência Química,Alcoolismo,viciados em sexo,jogos de azar,compulsão por comida,pessoas,lugares,coisas,etc.
    Gostaria de relatar quando foi que minha adicção ficou ativa em minha vida.
    Meu Pai tinha um rancho de pescaria e lazer e sempre me carregava junto dele e seus amigos nestes locais.
    Aos seis anos, num dia de muito frio e chuva meu pai me "deu"uma dose de pinga para esquentar, e foi isso que aconteceu, aí começou minha a ativar a doença que já estava instalada em mim,eu tinha predisposição,filho de alcoólatra, Genética.
    A partir daí, todas as festas que minha família fazia havia um barril de chopp no centro ou em um canto, eu bebia os restos dos copos e quando davam uma bobeada eu enchia um copo pra mim e alguns primos me acompanhavam.Ficava legal,alegre e extrovertido; nós adictos somos todos muito inteligentes, é uma característica do adicto.Sempre fui um menino estudioso e gostava muito de esportes,natação,futebol,basquete,vólei,ping pong,xadrez...não é pra me gabar,mas era bom em quase tudo que fazia, cheguei ao campeonato mineiro de natação e fiquei em terceiro lugar em nado livre e nado costas.
    Comecei a fumar também com 8 anos de idade, roubava de meu pai, e também roubava dinheiro para fazer farra com meus primos e amigos.Já tinha nesta idade defeitos de caráter, mentia e roubava e também manipulava para obter o que queria conseguir.
    aos 14 anos de idade comecei fumar maconha,com meus irmãos, meus primos e amigos; foram eles que me batizaram...era assim que se dizia...
    Tinha uma namorada muito bonita,aliás duas,uma em Itaú de Minas e outra de Monte Santo de Minas...outro defeito de caráter...desonestidade...
    Nesta época meu pai se orgulhava de mim, eu dirigia o Opalão que ele tinha e andava pra todos os lugares que ele frequentava...jogos de azar,prostíbulos,butecos, enfim,meu pai era um tremendo adictão.
    Fui criado em um ambiente propicio a todas as vicissitudes e quando meu pai descobriu que eu estava fumando maconha;fui mandado embora de da casa,ele me deixou no trevo da cidade de Monte Santo de Minas,muito chateado e bravo,não me deixou nenhum dinheiro, foi minha avó que foi lá no trevo e me deu cinquenta cruzeiros para chegar até Belo Horizonte.Fui morar com uma tia, irmã de minha mãe e com meus primos, todos nós homens fumávamos maconha.
    Arrumei trabalho em uma firma de caixa...hã.meu dedos coçavam e quando eu via uma brecha, tirava umas pratas sem que o contador soubesse, era inteligente e astuto.
    Logo após um ano arrumei emprego no Banco de Crédito Real de Minas Gerais.Mudei todo o meu comportamento, estava na fase da responsabilidade e abandonei vários defeitos de caráter, ainda continuava a beber,fumar maconha e em 1983 comecei a cheirar cocaína... Me achava intelectual e frequentava boates e casas de jogos de poker, me endividei bastante, abri uma firma e sai do Banco para pagar as dívidas.
    Nesta época eu já fazia uso diário de varias drogas no mesmo dia.Também já me tornara um alcoólatra e minha primeira internação foi em 1996.A partir daí vieram mais internações e cheguei a trabalhar em algumas delas como monitor,coordenador,cozinheiro,serviços gerais e sempre recaindo, eu tinha muitas reservas,achava que podia beber,ou só fumar maconha,e estava sempre no auto-engano.
    Cheguei a fumar a pior das drogas, o CRACK...
    Fui ao fundo do poço,da lama...morei na rua e minha família já não sabia o que fazer.
    Foi através de um despertar espiritual,muitos conhecimentos na área de dependência química,muitas ferramentas e habilidades para não mais recair...simples assim: "Pedir Ajuda".
    Depois de quase quinze anos de luta,sofrimento e dor, fui abençoado por Deus e me livrei por completo do álcool e das drogas, e o mais importante, os defeitos de caráter.
    Até hoje estou sempre visualizando e reconhecendo meu comportamento,sentimentos e emoções,para eliminar defeitos que as vezes veem à tona.

    FRASE DO DIA. GRATIDÃO. ÁGAPE. AMOR INCONDICIONAL. -AMOR DIVINO.





    COMO RECEBER UM EX-DEPENDENTE QUÍMICO
    APÓS UMA INTERNAÇÃO.



    POR MARCIO SOARES.


    Como receber ex-dependente químico que ficou internado?

    Meu filho está numa clinica e vai voltar para casa. Qual a atitude, como mãe, devo tomar, quando ele chegar?
    Co-dependência: 17 procedimentos para o familiar lidar com o dependente químico - clique aqui
    Resposta: Como o seu filho está internado, eu imagino que você tenha sido chamada algumas vezes para conversar com a equipe de profissionais especializados da clínica para receber orientações sobre o paciente, bem como sobre como ajudá-lo a lidar com a doença futuramente. Esta etapa é essencial no processo de recuperação e tratamento de qualquer indivíduo portador de dependência química.

    Eu também imagino que você foi aconselhada a inserir-se em alguma forma de tratamento psicossocial, objetivando fortalecer o acolhimento adequado, estabelecer limites precisos e reduzir a co-dependência.

    Eu tenho reiteradamente escrito que os familiares dos dependentes químicos devem estar inseridos em uma adequada forma de manejo terapêutico, visto que, freqüentemente, eles também adoecem. Isso é consenso na literatura especializada e deve ser adequadamente desempenhado.
    17 procedimentos para o familiar lidar com o dependente químico
    1) Você não é responsável pela dependência do seu familiar. Você não a causou, você não pode controlá-la e você não pode curá-la sozinho;

    2) Apesar de você não ser o responsável pela dependência do seu familiar, você é responsável pelo seu próprio comportamento. Você tem a escolha de ajudar o seu familiar a evitar o consumo de substâncias, através do adequado estabelecimento de limites, acolhimento, orientações e tratamento;

    3) A dependência do seu familiar não é um sinal de fraqueza da sua família. Infelizmente, isso pode ocorrer em qualquer família, como quaisquer outras doenças;

    4) Não ameace, acuse, moralize os erros passados do seu familiar dependente. Isso apenas tornará você o foco da raiva e frustrações do seu familiar dependente; além disso, não ajudará o mesmo a modificar o seu comportamento;

    5) No entanto, não mascare, desculpe ou proteja o dependente das conseqüências naturais do seu comportamento. Fazendo isso, você se torna “cúmplice” na perpetuação dos comportamentos irresponsáveis ou inadequados do adicto;

    6) Não tente encontrar fatos no passado do dependente, como traumas infantis, estresse no trabalho, problemas conjugais, para justificar o problema com as drogas. Isso somente promoverá a chancela ao indivíduo dependente para a manutenção do uso das substâncias;

    7) Não faça “jogos de culpa” para o indivíduo dependente. Por exemplo, dizer que “se você realmente gostasse de mim, você pararia de usar drogas” realmente não funciona. Culpa não funciona;

    8) Não use ameaças como forma de manipulação. Você pode e DEVE estabelecer limites, mas primeiro pense cuidadosamente e, então, esteja preparado para ir adiante. Se você não sabe o que dizer, é melhor não dizer nada;

    9) Não permita que o individuo dependente “explore” você financeiramente ou de qualquer outro modo. Respeite-se;

    10) Não ignore formas de manipulação realizadas pelo adicto. Não estabeleça conluio com o indivíduo dependente para manter segredos sobre o consumo de drogas. Isso apenas aumentará a evasão de responsabilidade por parte do adicto;

    11) Não se esqueça de procurar e manter o seu próprio tratamento. A co-dependência pode ser, às vezes, devastadora;

    12) Não tente proteger o indivíduo dependente de problemas comuns da família;

    13) Não promova uma “guerra”, se sinais de recaída estiverem presentes. Também não mantenha silêncio sobre eles. Apenas traga-os à vista calmamente e diretamente, sem acusações;

    14) Não espere que o indivíduo dependente em recuperação seja “legal” o tempo todo. Às vezes, ele pode ficar irritado, triste, ou de mau humor, sem que isso esteja relacionado ao uso de drogas;

    15) Além do problema relacionado ao uso de drogas pelo familiar dependente, você tem outros problemas para solucionar. Não os deixe de lado;

    16) Não se iluda pensando que o individuo dependente está “curado” e nunca mais usará substâncias. A Síndrome de Dependência é uma doença crônica que requer tratamento crônico;

    17) Não deixe de focar-se em si mesmo. Utilize o seu sistema de apoio, terapeutas, outros familiares e amigos para possibilitar a sua recuperação enquanto co-dependente.

     Visão panorâmica da cura completa da doença adicção.






    Todo ex-dependente químico que sai de uma internação deve em seguida
    procurar ajuda no Sistema Único de Saúde e se inscrever em um programa 
    ambulatorial e psicológico.
    Tratamento,recuperação,reabilitação,reincersão social e posterior cura completa
    dura dois anos e meio após a saída de uma Clinica de recuperação.


    MUSICA OFICIAL DE NARCÓTICOS ANÔNIMOS.


    12 PASSOS

    AGRADECIMENTOS.


    A DEUS CONFORME CADA UM DE NÓS O COMPREENDE,ÀS INSTITUIÇÕES
    RELIGIOSAS E E ECLESIÁSTICAS,COMUNIDADES TERAPÊUTICAS,ÓRGÃOS
    MUNICIPAIS,ESTADUAIS,GOVERNAMENTAIS,ONGs,E A TODOS QUE ESTÃO
    LIGADOS DIRETAMENTE E INDIRETAMENTE NO COMBATE AO USO

     ABUSIVO 


    DE ÁLCOOL E DROGAS

    FAÇA SEU COMENTÁRIO.POIS ELE É MUITO IMPORTANTE PARA MIM.


    OBRIGADO.

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